Cuidado com os riscos ao compartilhar senhas com outros usuários

28 | 09 | 2021

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Postado em Blog

Especialista explica os perigos de compartilhar a senha para acessar plataformas como Netflix, Amazon Prime ou Spotify

Se perguntássemos se a senha do e-mail é compartilhada com outra pessoa, a grande maioria provavelmente diria “com certeza não!”. No entanto, quando se trata de serviços como Netflix, Amazon Prime e Spotify, o compartilhamento de senha é bastante comum.

A ESET menciona que pode parecer algo inocente, mas quando as pessoas usam a mesma senha para acessar esses serviços em outras contas, aumenta o risco de uma conta ser comprometida. Com as violações de dados ocorrendo com frequência e a falta de conscientização pública que existe, os perigos do crime cibernético devem ser compreendidos.

Jake Moore, especialista em segurança da ESET, conduziu uma pesquisa no Twitter, com mais de 2.700 entrevistados, que dá uma ideia de como as pessoas tratam suas senhas:

Compartilhamento de senhas:

Primeiro ele perguntou quais serviços de streaming eram usados: Amazon Prime (50%) e Netflix (47%), como os mais populares, YouTube TV obteve 28% e o Spotify 23%.

Em segundo lugar, 60% das pessoas disseram que compartilhavam suas contas com pelo menos uma outra pessoa, como família e amigos. Um em cada três titulares de conta compartilhou seus serviços com duas ou mais pessoas.

Em seguida, ele consultou como essas senhas foram repassadas a seus contatos. O resultado foi que mais de 1 em cada 5 pessoas revelaram a senha dizendo em voz alta e 7,5% dos entrevistados enviaram uma mensagem de texto ou e-mail.

Portanto, mais de um quarto das pessoas deu voluntariamente suas senhas a outra pessoa e, muitas vezes, também há algum tipo de registro escrito delas. Isso pode não parecer preocupante quando você conhece a outra pessoa com quem está compartilhando a senha, mas e se ela passar para alguém sem pensar? Por exemplo, seu filho ou filha adolescente compartilharia as contas de sua família com amigos que não têm a sorte de ter o serviço sobre o qual todos falam na escola?

Reutilização de senha

Sabemos que 14% das pessoas usam as mesmas senhas para várias contas online, o que significa que podem se tornar alvos fáceis para criminosos. Reutilizar senhas é arriscado, mesmo se a senha for forte, algo como: “Afeg45t3@4DFew/15f][_}1”. Senhas complexas são mais fortes contra ataques em que os criminosos usam engenharia social e pesquisam dados públicos para determinar uma senha, mas ao duplicar em qualquer lugar da Internet, aumentam as chances de serem comprometidas mesmo que a senha não seja simples, como o nome de um filho.

“Meu conselho seria usar uma frase secreta composta de pelo menos três palavras aleatórias com alguma pontuação ou números para separar as palavras. Isso permitirá que você se lembre da frase usada como senha apenas olhando para ela uma vez, e será fácil lembrar onde usá-la. Assim como é uma boa ideia alterar as senhas dos serviços de streaming uma vez por ano. Isso removerá da lista qualquer pessoa que tenha obtido acesso no ano passado e que talvez não deva mais tê-lo”, menciona Jake Moore.

Gerenciadores de senha

Onde armazenar essas senhas únicas e detalhes de contas, especialmente se você tiver várias e for difícil lembrar cada uma das senhas? A resposta está no uso de um bom gerenciador de senhas. De acordo com a ESET, essa é uma maneira mais segura de armazenar senhas para que centenas de credenciais exclusivas e complexas não precisem ser lembradas. Uma vez que uma senha específica precisa ser usada, você pode abrir o gerenciador de senhas, possivelmente usando segurança biométrica, e colar a senha no campo solicitado.

“Trabalhar em casa nos fez adaptar a um novo modo de vida, e isso pode ter significado nos adaptar a um novo conjunto de práticas dentro de nossos novos ambientes de escritório em casa. Práticas, como melhorar a segurança de nosso roteador ou usar uma VPN, ajudam a tornar o home office mais seguro. Mas é incrível descobrir que tão poucas pessoas usam um gerenciador de senhas, apenas 26% dos entrevistados mencionaram usá-lo.”, comenta o especialista da ESET.

Fonte: www.securityreport.com.br